E agora, quem poderá nos defender?
Hoje a noite quando sai do trabalho fiquei com os olhos cheios d'água ao checar o Facebook pelo celular. A notícia era de uma perda. Notícia de morte. Nunca o vi pessoalmente e mesmo assim tive a sensação de que morria um conhecido. Nunca entendi essa ligação que as pessoas têm com figuras públicas, reações de se descabelar e chorar. Nunca entendi até esse momento. Decidi então que precisava escrever sobre isso – o cronista antes de qualquer coisa é um oportunista, um abutre de emoções e cenas. Mas o que dizer, leitor? O que dizer? O que posso escrever que já não foi dito? Que os deuses me livrem de cair nas obviedades! Ai de mim! Você, navegante de primeira viagem – também fã da ainda não citada figura pública e atraído até aqui pelo assunto – certamente fecharia este periódico para nunca mais voltar. E o outro, já leitor habitue, diria "ora, mas que marasmo! O Bornéo tá perdendo a mão!". Difícil tarefa essa que me designei! Mas agora, ...