Meia Noite em Paris - crítica
Por Vitor Bornéo Woody Allen é um daqueles diretores aos quais é impossível ser indiferente. Ou você o ama, ou o odeia. Confesso fazer parte do primeiro grupo, mas reconheço que assim como seu público, sua direção é bipolar: minha teoria é que Allen é completamente incapaz de produzir um filme mediano. Quando erra na mão, dá vontade de dormir. Mas quando acerta... quando acerta é sempre em cheio. Esse é o caso de Meia Noite em Paris ( Midnight in Paris ): Woody Allen em sua melhor forma. Aliás, desde Melinda e Melinda ( Melinda and Melinda , 2005), o diretor vem nos brindando com uma ótima produção atrás da outra – com exceção talvez do fraquinho Scoop: O Grande Furo ( Scoop , 2005). Depois da primeira metade da década de 2000 produzindo filmes que, apesar de bons, estavam bem abaixo do conjunto da sua obra, Allen parece ter entrado em uma fase mais madura – talvez um reflexo do seu “encontro”, por assim dizer, com a Europa –, que eu espero que dure bastante! Que o digam o denso e ...